Meu Chão de Giz

Por letras e codinomes,

Alço-me como instrumento d’alma

Me expondo em tatuagens

Tribais ou naturais,

A simbologia celeste nítida

Ao mel do olhar!

Acolhido ao meu silêncio

Ainda ouço a música do botequim

Ilustrando minhas nuas paredes

Com cores, sentimento e a brisa

Batendo nas folhas,

O som das estrelas!

Entre um verso e um avesso

Adentro por este abecedário sem limites

Para voar e voar com as mãos

Plantadas neste pedaço de chão de giz,

Que lê o que pulsa,

Do confete guardado como soneto!

São apenas seis cordas

Bem afinadas mesclando meu desejo,

Levando-me até os mares do norte,

As marés onde me encontrei

Em poesia, em esperança,

Na arte de ouvir a solidão!

Auber Fioravante Júnior

10/01/2010

Porto Alegre - RS