Indefinição
Num lago, lá pelos lado do grotão
Vivia um sapo, cascudo, mas bonachão
À noite, com o soprar da brisa,
Põe-se a pensar e se martiriza.
Olha ao redor e vislumbra
Outros animais, casais, na penumbra
Sente-se desolado, desanimado,
caramba... só eu rejeitado.
Ao amanhecer, um dia, com alegria,
Bem próximo, aí ao lado, via,
Uma bela e colorda boboleta que lhe sorria.
Seria sonho ou fantasia?
Era bela, esguia, toda colorida
Ali docemente pousada, estaria perdida?
Dirigir-se a ela, gostaria
Mas ela podeira ficar ofendida
O tempo passa , ele não decide
Precisa lhe falar, mas se contém
Tem medo de algum revide,
O que ele é, não é ninguém
Enquanto pensa quão é insinificante
Sua bela, altiva e estonteante
Alça voo em direção ao horizonte
Coitado, escapou de uma situação humilhante
g. daun, set/97
Num lago, lá pelos lado do grotão
Vivia um sapo, cascudo, mas bonachão
À noite, com o soprar da brisa,
Põe-se a pensar e se martiriza.
Olha ao redor e vislumbra
Outros animais, casais, na penumbra
Sente-se desolado, desanimado,
caramba... só eu rejeitado.
Ao amanhecer, um dia, com alegria,
Bem próximo, aí ao lado, via,
Uma bela e colorda boboleta que lhe sorria.
Seria sonho ou fantasia?
Era bela, esguia, toda colorida
Ali docemente pousada, estaria perdida?
Dirigir-se a ela, gostaria
Mas ela podeira ficar ofendida
O tempo passa , ele não decide
Precisa lhe falar, mas se contém
Tem medo de algum revide,
O que ele é, não é ninguém
Enquanto pensa quão é insinificante
Sua bela, altiva e estonteante
Alça voo em direção ao horizonte
Coitado, escapou de uma situação humilhante
g. daun, set/97