O TEMPO
Nada mudou, apenas o velho sino silenciou.
No ar, perfume de rosas, jasmins e açucenas.
É o relógio do tempo que na saudade parou...
O velho casarão cercado de lindas verbenas.
Belos jardins abandonados, de flores nuas.
Na plenitude do tempo vejo tua imagem assim.
No vazio, a tristeza fala em noites de luas.
Num canto dentro de mim, lembranças sem fim.
Na plenitude do tempo vejo tua imagem assim.
No vazio, a tristeza fala em noites de luas.
Num canto dentro de mim, lembranças sem fim.
Na parede, vidro quebrado, teu retrato pendurado.
O tempo guardou na memória o amor que sonhamos.
Vasculho teu rosto amado no silencio do passado.
Relembro estrelas sorrindo quando nos beijávamos.
Na porta entreaberta por uma fresta, pequeno vão,
Tua imagem se faz sorrindo entre lírios e jasmim.
Em minh"alma tua lembrança voltando com lentidão.
Há um lindo jardim à tua espera dentro de mim.
Tua imagem se faz sorrindo entre lírios e jasmim.
Em minh"alma tua lembrança voltando com lentidão.
Há um lindo jardim à tua espera dentro de mim.
©Verluci Almeida
29-10-2006
29-10-2006