Do azul, escrava

Me possuo como aquele que acreditou que a liberdade o faria livre

Mas houve uma alma, rainha do que é calma

Que, sutilmente, sugeria, ao pé dos teus ouvidos

Que sonhar nos bastaria,

Porque há sempre um momento em um dia

Em que os sonhos tocam o chão

Sinonimou-nos a transcedência, a nossa redenção

Em um tempo em que jamais suspeitaríamos

Nós - Sentados ao sol de uma tarde celeste

do-azul-escrava-linda

Eram dias em que os vilões não éramos nós

Elevados, jamais acreditaríamos

Que também nós, éramos eles

Mas o que foi "nós", querida

Como um furacão talvez surgiu-

Ou como aquela flor, que somente brota nos alpes das montanhas

E até pode ser que tenha sido tão grandioso

Que não poderia nem um instante a mais continuar,

Há um chamado que se aproxima

Percorremos o caminho da distância para o torná-lo um pouco menor

O que restou? Estátuas telepáticas, jogadas pela metade da estrada:

Mãos

V a z i a s

E essa vontade de verão:

Pois houve um tempo em que alguém segurou-me pela mão

Disposta a apontar-me a direção para a qual brilhava o sol

Naquele ano,

em que desejei que o verão durasse para sempre

Minha voz dentro dessa mente que não é minha:

Jamais desejei que fôssemos dois,

Pois sendo um, éramos mais fortes

Chana de Moura
Enviado por Chana de Moura em 09/06/2010
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