Frio de Inverno

Noites longas e frias

De história aclamada

invadem meus dias

A porta do albergue

Exige ser fechada

Há uma lenha morta

queimando na lareira

E um perfume de fogo

Traz calor enclausurado

O ar gelado lá fora

Vai trilhando suas vias

Como a sombra fugida

Na curva sempre torta

Sendo coada na peneira

Sob o brilho das três Marias

Sopra um vento molhado

É o inverno escuro parindo

suas mudas manias

Moldando nossas vidas

Na restrição de sua porta

Reinando à sua maneira