ESPELHOS

A hora é do tempo.

O passo é do espaço.

O sal é da lágrima.

Olhos vermelhos.

Choro pra não rir de mim.

Assim, de joelhos, oro.

Ignoro quem me vê assim.

Mas lembro momentos.

Coisas do menino travesso.

Posturas do jovem avesso.

Comovem minutos de sério.

Maduro, não descarto a queda.

Olhos vermelhos. Vista comprida.

Espelhos. Imagens da vida.

Agora entendo quem me vê assim.

Choro pra não rir de mim.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 18/06/2010
Reeditado em 26/02/2018
Código do texto: T2328200
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