O Toque da ausência

Falando de sentimento, a ausência é frequente.

No silêncio das tardes pareciam eternas as lembranças.

Uma imagem desfigurada, um conselho esquecido.

Uma rusga...

Quem falou de amor para mim não o fez olhando nos olhos...

Fez, sim, na parede da memória. Na parte interna do íntimo.

No pequeno aconchego de minhas lembranças.

Hoje é mais um dia nas nossas vidas,

um dia que seria como outro qualquer não fosse pela vitória.

Vitória merecida. Vitória que agora te dedicamos...

Na primeira fila eu não vejo teu sorriso tímido.

O orgulho de um peito estufado eu não posso pressentir...

Mas aqui, bem aqui onde o mundo é mais perfeito

eu vejo teu olhar no meu e ouço tua voz a me dizer:

“Parabéns filho, você venceu”!

Não te vi na minha aflição, não sentei no teu colo à procura de abrigo.

Não ouvi tua canção de ninar e os contos infantis soavam mecânicos. Não era tua a voz que me contava.

Mas é a você, neste vazio chamado saudade, que eu dedico a minha conquista.

Pois sei que mesmo estando longe, no infinito, és parte integrante da minha vida e

a ela deu forma, deu cor, deu luz e deu paz.

Obrigado pai, simplesmente.

VALBER DINIZ
Enviado por VALBER DINIZ em 29/06/2010
Reeditado em 29/09/2011
Código do texto: T2348239
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.