Olhos de solidão

Eu quase vi a poesia em teu olhar,
então, eu não teria te olhado assim,
pois ficou muito facil pra decifrar,
quando pelos teus olhos, a ternura
se afastou entristecida de mim.

Eu te olhei como um verão que se vai,
reservando o frio para seus dias,
o que levar de olhos sem emoção,
o carinho não quiz na palma da mão,
deixou ao minuano, perenes alegrias...

As longas nuvens no céu de inverno,
tinham os lamentos de um ar de agosto.
Revivem poesias estes dias de agora,
como quase eram teus olhos outrora,
depois a bruma escura do limiar do desgosto...

Há tantas formas de poesia num olhar,
há tanto sentir quando muito se quer desejar,
e apesar de olhos sempre esquivos à dor,
querem sempre uma chance de amor,
os olhos que sonham e desejam amar.

Malgaxe

 

 

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 14/07/2010
Código do texto: T2377484
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.