Para esconder-me de mim

Onde posso esconder-me de mim?

Me envergonha esse eu que desconheço

Esse que todos conhecem

Onde me acho, me entrego e me perco!

Onde posso ausentar-me de mim?

Eu que dos jardins só desejei uma Dhália flor...

Eu pequena, simples, qualquer... infinita!

Eu, de quem ninguém jamais conhecerá o amor!

Onde posso me ser, passear em mim?

Se tudo me desfaz? se tudo desconstrói?

Onde posso, em novo jeito de respirar, prevalecer

se neste respirar meu peito tão somente dói!?

dhália
Enviado por dhália em 20/09/2006
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