Para esconder-me de mim
Onde posso esconder-me de mim?
Me envergonha esse eu que desconheço
Esse que todos conhecem
Onde me acho, me entrego e me perco!
Onde posso ausentar-me de mim?
Eu que dos jardins só desejei uma Dhália flor...
Eu pequena, simples, qualquer... infinita!
Eu, de quem ninguém jamais conhecerá o amor!
Onde posso me ser, passear em mim?
Se tudo me desfaz? se tudo desconstrói?
Onde posso, em novo jeito de respirar, prevalecer
se neste respirar meu peito tão somente dói!?