Flor-ir...


A colher que semeio no prosseguir
O trilhar argüindo que vou sem rumo.
Quisera ser capaz de distrair-me no ir 
não sentir espinhos que me arrumo...

Alcançando o vergel que ora florido
de Petúnias roxas, a buscar o paraíso
apaziguando querer acalentando doido
ensurdecendo imo angustiando guizo...

Onde amei doei não fui correspondido
onde fui quem sou , eu soluçando acúleo
lamentando o que feri e sangra aturdido
no pesar das horas que logrei o orgulho...

No flanar dos ventos, meu amor sincero
quiseras tu,pudesse ouvir o inverso
onde pouso a pena, o amor que revelo,
O papiro aqui clama, amando quem quero...

Peregrinando a fantasia de ter-te um dia
no sonhar que anseio o poder perseguir
nutrindo-o de versos, minha alma desfaria
a mácula desse poema num riacho a fluir...

“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
24/9/2006

Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 24/09/2006
Reeditado em 24/09/2006
Código do texto: T248069