Aqui no mato o vento e o silencio
Se divertem de mãos dadas
Infantes, brincam pela noite à fora
Flertam com a lua e a madrugada
 

Às vezes brigam, o vento nervoso
Corre ligeiro pela relva molhada
Faz curvas, dá pinotes, assobia,
Chacoalha forte a janela quebrada
 

Depois ele se acalma, se apazigua
O silencio retorna sem dizer nada
Nova chuva fina cai e logo se vai
A atmosfera fica fresca e perfumada
 

Os velhos cães dormem, tudo dorme
Então a brisa sopra macia, a paz é selada
Sento-me à cama acendo um Charuto
A fumaça adentra minha alma cansada
 

Um cavalo, de repente, relincha na várzea
Um chamado que se perdeu da manada
Mas não me afeta, assim neste oco de mundo
A vida segue e suas páginas vão sendo viradas!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 17/10/2010
Reeditado em 04/03/2020
Código do texto: T2561609
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