O Bailado das Quatro Estações

Quando chega o Verão

O astro rei cedo aparece

Resplandece orgulhoso

Transborda o dia de vida

O mar se faz generoso

E também se envaidece

Das pessoas que passeiam

Pela praia colorida...

Peixe salta na onda

Gaivota voa no vento

Sombrinha colore areia

Surfista na crista azul

E quando a noite desce

No estrelado firmamento

Reluz feliz e garboso

O belo Cruzeiro do Sul...

Então chega o Outono

Com sua dança dos ventos

Espalha as folhas caídas

Varre os quintais da terra

Às vezes sopra suave

Com ventos sutis e lentos

Às vezes sopra feroz

Como os tambores de guerra...

Rouba o manto do Ipê

Tira as roupas do varal

Rodopia no terreiro

Gira a pá o moinho

Coloca o mundo nu

Qual capinado quintal

E prepara o planeta

Pra chegada do vizinho...

Pálido chega o Inverno

Gela o cimo do monte

Neva a encosta da serra

Cobre a terra num véu

Fino organdi de seda

Que vem desde o horizonte

Chega até a montanha

E alveja o azul do céu...

Os animais se abrigam

Gelam as águas do rio

O frio tudo domina

Com hálito glacial

E quando enfim se vai

A estação do frio

O mundo feliz recebe

A estação magistral...

A radiante Primavera

Colore a existência

Revive o verde do monte

E enche a vida de flores

Mágico toque de fada

Soberana imponência

Borda jardins e praças

Com miríades de cores...

Essa dama tão formosa

E de alma tão bem feita

Torna a vida fabulosa

Exuberante e florida

E as quatro estações

Em harmonia perfeita

Perpetuam num bailado

O ciclo eterno da vida...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 19/10/2010
Reeditado em 26/05/2016
Código do texto: T2566793
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