Livre!

Passeia-se em meio aos louvores de grilos, e sapos.

Em meio a força de raios, que recortam o céu atmosférico.

As árvores já sabem de tudo: Da chuva, do vento, do frio.

E o rio, corre, sem maiores mudanças.

Os morcegos nem se esbarram....sabem voar.

E as flores, que ficaram abertas. olham-me passar.

Alguns delírios invadem a minha mente, e eu assumo a saudade.

Ela, a saudade, é inevitável, sob este luar.

As estrelas, nem sabem, quem sou...

Talvez pensem ...que sou apenas mais um...na multidão.

Parece até que a liberdade é real...neste translúcido momento.

Parece até...que todo o desterro, foi-se...junto com o rio.

E até parece, que levito, ao caminhar, por entre os vagalumes...

Mas a festa deste instante, foi interrompida: alguem chamou...

E então, todo o equilíbrio natural, abalado, foi...me desperdiçando...

Foi-se o milionéssimo de liberdade...que tive, neste Recanto.

O palco molhado do campo inerte, foi invadido, pelo martírio do fim,

De um passeio, assim...fortuíto e libertador de mim...

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 09/11/2010
Código do texto: T2606485
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