O vento em tufão



O vento uiva

como um animal encurralado.

Corre pelas veias das ruas.

Zune nas artérias da cidade.

Penetra nas peles nuas.

Assola os desvalidos.

Arranca os telhados sem piedade.

Os cataventos giram

em sua trajetória alucinada.

As folhas bailam

no redemoínho do vento.

Invade o aconchego da criaturas.

As almas caladas

escutam o zurrar do vento.

O vento furioso

continua seu percurso interminável.

Suely Braga

Osório-RS 23/11/2010.
suely Braga
Enviado por suely Braga em 23/11/2010
Reeditado em 03/06/2014
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