" QUIMERAS MINHAS..."

Ah, quimeras minhas
de tardes meninas, de noites de lua ,
do doce da fruta,
do orvalho no chão...
Que encanto e beleza emprestaram à vida!
E por que no caminho deixaram-me então?

Ah, que busca incessante
esta minha alma,
inquieta e aflita procura no tempo,
sem tempo pra ver que tudo é outrora,
que o sonho cresceu,
que mudou a estação
e o outono está ali ao alcance da mão...

De repente no olhar do meu filho pequeno,
em suas tardes meninas
de mel, lambuzadas,
manhãs pequeninas um tanto assanhadas
bordadas de sonhos,
minha alma se acalma
e entende que o tempo caminha a seu tempo
e a beleza da vida é continuação...