NEGRO NARCÌSO

De repente me vejo repentista diante do meu espelho...o que sou???

aquilo é o que a quilos eu penso possuir???

a luz apagou, que susto! saí de mim...E AGORA?

pra onde vou???, se nem sei direito aonde estou!

sequer sei chegar à tomada, à porta de entrada ou da saída...

Tateio tudo, e nada vejo, de repente a luz se acende...!

O espelho tá longe de meus olhos de abrolhos!

fechei as luzes e voltei pra cama, e pensei comigo, que o nada é alguma coisa que pensamos ser... e agora diante da escuridão do banheiro o espelho está sozinho, assim como ele nada vê diante do que pensamos ser, ele se cala vazio também, diante da narcísica escuridão do nada.