Meu infinito particular
Ainda sinto teu perfume
no silencio da noite que se aleitou.

Faz pouco tempo ou...
nem tanto tempo assim,

que de minha vida saíste
deixando em mim o nada a perseguir.

Teus olhos eu não lembro mais,
o que sei é me tranquilizavam,

traziam-me a paz contida
no Universo reverso dos versos que te fiz.

Teu corpo ficou em meu caminho
atrapalhando meu andar,

e em círculos grafito teu nome por grafitar,
apenas pra não esquecer,
o que já não posso lembrar.

Se algo morreu, fui eu, o meu olhar,
a minha ausência de mim mesma.

Se algo sobreviveu, foste tu com tua indolência,
com teu silêncio ruidoso
a me perseguir no desatino de minha loucura.

A noite se atrela a esfera amarela da Lua
ou branca, ou azul...

O que importa se viva ou morta,
se a porta do sonho pra mim se fechou!

Edna Fialho
 
edna fialho
Enviado por edna fialho em 28/02/2011
Reeditado em 24/07/2012
Código do texto: T2819950
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