Um dia...

Um dia, que para ele parecia

ser como outro qualquer.

Um dia para viver as mesmas

sensações, para respirar

o mesmo ar, para fitar

as mesmas imagens

conhecidas, já tão vividas.

Mas esse dia, não seria

como um dia conhecido;

Estava escrito, e ele não sabia,

nem poderia fazer idéia,

sequer imaginar, sonhar...

A surpresa o espreitava,

esperava-o calmamente...

E eis que, num instante,

completamente mágico,

encantado e súbito...

Ela surge.

Como a brisa suave,

de uma tarde privaveril;

Como um sopro de vida.

E ele, então, é invadido,

com absoluta permissão,

e sente a novidade

de um sentimento;

e a sua terna suavidade.

Seus olhos brilham úmidos,

como gotas de orvalho.

Num instante percebe,

e se admira,

pelas sensações que

entendia perdidas,

mas que agora brotam

do seu mais profundo,

da sua mais íntima parte.

E não quer mais acordar,

- deixe-me sonhar, pede.

- permita-me, Deus,

usufruir, e me dar,

e viajar, pra onde for,

seja como for,

com esse amor.

Guilherme Appel
Enviado por Guilherme Appel em 08/11/2006
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