Um dia...
Um dia, que para ele parecia
ser como outro qualquer.
Um dia para viver as mesmas
sensações, para respirar
o mesmo ar, para fitar
as mesmas imagens
conhecidas, já tão vividas.
Mas esse dia, não seria
como um dia conhecido;
Estava escrito, e ele não sabia,
nem poderia fazer idéia,
sequer imaginar, sonhar...
A surpresa o espreitava,
esperava-o calmamente...
E eis que, num instante,
completamente mágico,
encantado e súbito...
Ela surge.
Como a brisa suave,
de uma tarde privaveril;
Como um sopro de vida.
E ele, então, é invadido,
com absoluta permissão,
e sente a novidade
de um sentimento;
e a sua terna suavidade.
Seus olhos brilham úmidos,
como gotas de orvalho.
Num instante percebe,
e se admira,
pelas sensações que
entendia perdidas,
mas que agora brotam
do seu mais profundo,
da sua mais íntima parte.
E não quer mais acordar,
- deixe-me sonhar, pede.
- permita-me, Deus,
usufruir, e me dar,
e viajar, pra onde for,
seja como for,
com esse amor.