Novelo de Palavras

Ainda não sei quantaspétalas cristalinas vão brotar

Em meus olhos, salientando minha viagem por este novelo

De imagens e sensações amigas ou sem aquele sol de verão.

É um trevo de vias com sentido duplo. Minha intuição

Torna-se um nada ao encarar certas matizes oferecidas

Pelo criador e pelas criaturas que completam meu vital poetar,

Tracejado com carinho, afeto e muito amor.

Não sei o quanto valem minhas palavras neste retalho

Sem cor e sem perfume, em que tento esboçar minhas fraquezas

E minhas verdades e dar um novo colorido a alguns momentos

Com gosto de água e outros com o sabor da fruta divina.

Não sei o quanto valem minhas lágrimas que nascem em meus

Delírios poéticos, geralmente acalantados por luas e estrelas

Deste meu oriente por vezes vinculado a verbos declamados

Em ventos desgarrados de frases feitas ou refrões sem rima.

Ainda não sei qual o próximo passo, mas seja ele qual for

Vou dá-lo com coragem e simplicidade, tendo a certeza de

Que amanhã o sol ou a chuva estarão ali a minha e a sua espera

Sem medos ou aflições, apenas vida.

Auber Fioravante Junior

15/06/2006

Porto Alegre - RS