MÃE-NATUREZA

Nas árvores frondosas, deixo meu

sorriso, por vê-las crescer,

entre galhos e folhas, em perfeita

harmonia, com a mãe-natureza.

Crescem tanto, tanto que alcançam,

o tremeluzente azul do céu,

ébrio de éter, e de cores inebriantes,

que enfeitam a dúctil paisagem.

Resplandecem os jardins, engalanados

de mil flores, abrindo-se ao

sol, rejuvenescedor, com suas corolas,

emitindo doces fragrâncias.

E borboletas e outros insectos inúmeros,

não resistindo ao doce apelo,

rodopiam e ziguezagueiam, para cá e para

lá, de flor em flor, a mais bonita.

Pássaros se juntam, colhendo as sementes

caídas, e é vê-los saltitar, de um

lado para o outro, em seus corpos pequeninos,

plenos de vida e de asas inquietas.

E eu, de minha janela, a tudo me ofereço,

na beleza que me é dada ver,

na respiração tranquila, de todas as coisas,

que existem para ser, em si mesmas.

E antes que dê por findo este meu poema,

lanço um último olhar ao Tejo,

que corre tranquilo, em suas águas brilhantes,

parecendo-se a cavalos, em liberdade.

Jorge Humberto

02/10/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 02/10/2011
Código do texto: T3253362
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.