CASINHA DO CAMPO

Minha casa, minha casa...

Pequenina, pequenina...

junto da ribeirinha...

que tem flores tão nascidas,

no caminho das águas.

Minha casa, minha casinha...

tão frágil e pobrezinha,

mas que guarda os meus passos

os meus passos de menina

lá na beira do caminho

Minha casa, que é mais casebre,

casinha que me viu nascer

onde eu dei meu primeiro alento

lá junto de suas paredes...

onde minha mão me pôs na rede

Casinha em que me criei,

Deixo-te agora com um adeus chorando,

deixo-te, enfim,

mesmo querendo tanto

guardar tuas lembranças em mim.

Deixo-te assim em ruínas,

desabando em mil feridas

no meu pobrezinho coração.

Mas, minha casinha, não te esqueças,

que é com saudade que parto

assim te deixo sonhando

em teus espaços vazios

cheios de sonhos.