Pastoreiro

Lua cheia, estrada de terra
Ao pé da serra à visão ondea
O milharal, o trigo e a aveia
O pão, a vida, a história
O nó a sentença desata
No meio da mata o pássaro gorgeia.

O sisal, o cacto, a viva espinheira
O bicho faminto na longa jornada
O tudo e o nada, a água escasa
No rio dos sonhos, esperança vã.

O canto é triste, a alegria inexiste,
O amor desfaz e refaz
Na doce paixão... Canta seu moço
Que o amanhecer já vem.

Persisto, se tenho fé existo,
Se canto falo da minha própria dor,
Mas insito na beleza que vi em ti.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 18/12/2011
Reeditado em 18/12/2011
Código do texto: T3394516
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