O pequenino menino e o sonho azul...

Pequenino...

Pequeno, pequenino era o menino...

Menino de pés descalços correndo pelo terreiro da tapera...

Ali em meio a terra e o cheiro da miséria, o pequenino menino conseguia olhar tudo como se ali reinasse a fantasia e a poesia.

O cheiro de coisa podre se tornava cheiro de rosas.

E a terra ganhava vida, mergulhando no sol a luz saia das trevas de uma vida seca de esperança.

Mas, coração de criança batia forte...

Sonhando ser herói, sonhando com um pai, uma mãe; ou simplesmente com uma comida descente.

Porque há coisas que só uma criança sente...

Porque há coisas que só uma criança vê...

O céu se abrir e um anjo vir descendo na luz azul de um delirante sonho azul.

Porque o pequenino menino sorri mesmo com a lágrima nos olhos e no coração...

Porque na alma do pequenino menino só há espaço para a luz e para uma alegria que nasce simplesmente por nascer, sem motivo, sem razão ou circunstância.

A paz persistindo na alma pura de uma criança da cara suja.

E o menino pequenino segue sem saber para onde...

Buscando um sonho que por muito o impediu de viver...

Mas, a criança inocente no peito dormente, um dia dormirá e acordará adulta para uma vida dura, triste; mas que ainda lhe pode trazer algo, sim, a vida ainda poderá trazer para aquela criança senão alegria, pelo menos um pouco de poesia.

Sim, a vida sempre haverá de trazer para o coração daquele menino, senão alegria, pelo menos um pouco de poesia.

POESIA INSPIRADA NA MÚSICA DO ROUPA NOVA: DE VOLTA AO COMEÇO.

Marcos Welber
Enviado por Marcos Welber em 04/04/2012
Código do texto: T3594383
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