O CONDOMíNIO DOS PÁSSAROS!

Quem é de quem não discuto,

Parece que alguém, vai além!

Isto aqui pertence a eles,

Antigos donos vem recuperando

O pedaço...passo a passo,

Recuperam seu espaço, os pássaros!

Existem nesta jornada, pedrada,

Casa desapropriada à tenras penas,

Sem dó, as marcas ficam no pó,

De um crime contra si mesmos.

Os pais deverão ser presos,

Os filhos mais preparados, mais educados!

Já é quase tempo de ouvir uma bela

Serenata , aquela das noites quentes

Que surge bem de repente!

Canta como num compasso de uma Orquestra

Filarmônica: pan, pan, pan... sem desafinar!

Maestro? Acho que está no galho da laranjeira,

Rege sem pestanejar, este solo que é sem par!

Já houve acasalamento, ao relento!

Fui agora, despejado, estou fora!

Fora, estão belas rolinhas, na garagem, se aninham!

Não pretendo ir embora, agora,

Filhotinhos nascerão, ali ninguém põe a mão!

São amigas do Pedrão, da Luisa, do Iago, de olhos

Naquele ninho, ver nascidos filhotinhos!

E depois... fogo, apagou!...fogo, apagou...!

Não falo do bem-te-vi, aquele que não viu nada,

Acusação falta provas, mas continua verso e prosa,

Lá do alto do coqueiro, repete o dia inteiro: bem-te-vi!

Vou dizer à Coralina, agora! Passarinho, vá-se embora!

Sou inocente, os pardais são testemunhas,

Embora inconvenientes, sempre foram coerentes!