DEVANEIO DE POETA... 

Sou um ser muito pequeno, nesta terra de gigantes;
eu fico olhando os céus, admirada do infinito,
mas tudo que eu faço são poemas ao universo...

Eu só exalto o mundo exuberante dos amantes;
eu só vivifiquei o amado eterno do meu mito;
eu só amo o amor em prosa, em terno e eterno verso...

Não quero cansar os que me julguem, talvez, maçante;
não quero confundir os que viajam num não dito;
não quero que, tampouco, entendam errado, o inverso...

Como todo poeta, vivo em meu mundo distante,
mas, sob mil visões - um ser que é bendito ou maldito,
embora minha intenção não seja o verso controverso...

Mas já que sou alguém pequena, em terra de gigantes
dirijo-vos com voz sumida o meu pedido - um grito:
quando entenderem algo no que digo - e após, o reverso
lembrem que, na poesia, a criação surge em rompantes!
Não há contradição, ação, paixão, segundo um rito; 
só amor e dor cambiando, sempre, um coração converso!...







Christina Nunes
Enviado por Christina Nunes em 29/01/2007
Reeditado em 29/01/2007
Código do texto: T363001
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