UM ÓSCULO NO OUTONO

Era de tardezinha

O vento soprava

Levava as folhas

Naquele outono...

Eu todo monótono

Vislumbrei a mocinha

Adulta, mas nova...

Logo vi uma escolha!

Ao atravessar a ponte

Aproximei-me dela

Fiz uma saudação

Um aceno educado

Meneio respondido...

Fixei os olhos nela

Mas tive palpitação

Suor inundou a fronte

Era! Desejo... atração!

Minha Alma queria ela

Aí, abaixei a face...

Ela ruborizada!

Percebeu minha ação

Num gesto de enlace

Um ósculo... presenteada!

Enfim, na destra dela

Perfume inebriante

De uma bela dama

Pude ouvir uma voz...

Exaltava sua paixão!

Seus lábios mudos...

Falavam com a Alma!

E olhar penetrante

Rendiam meu coração!

Interrompidos por coche

Sem palavras de emoção!

Ela perguntou-me a graça

Disse, que era seu agora...

Aproximamos... ichê!!!

Carruagem pela praça

Carruagem de aurora...

...Núpcias, e conúbia união!

Hernandes Leão
Enviado por Hernandes Leão em 19/05/2012
Código do texto: T3675870