UTOPIA
Estou sofrendo com tantas reclamações
Não tenho mais a necessidade de ouvir esse poço de lamentações
É desprazível ver essas cenas fluírem
E eu fico assistindo enchendo os demais de crítica
Que povo desumano e cheio de pena satírica
Quem pode perceber o que se passa em meu peito
Esses humanos que não sabem o que é a vida
Que seres são esses que não almejam viver?
Que vida eles necessitam, que exterior perfeito é esse?
Esses fazem parte desse mundo vazio
Com muita razão digo que esse povo é rancoroso
Pessoas falsas e mentirosas de interior defeituoso
Não duvido de mais nada que vejo
Os meus olhos vêem insanidade e antecipo minha liberdade
Sou alienada por querer viver
Sou só por fechar meus olhos e desejar paz a mim
Posso morrer de angustia e solidão mas não quero esse viver
Esse lugar, essas pessoas, essa dor, esse sentimento.
Essa energia negativa e falsos pensamentos
Sou humana procuro os melhores desvios
E a sociedade que se diz perfeita impõe as regras
Impõe sermões, evangelhos, aquelas “perfeições”
Que me da náuseas quando ouço esses pensamentos
Bloqueio meu intimo dessa poluição perigosa
Seres que vivem como bonecos de loja
Duros, sem alma, sem amor, corações de pedra
Eu posso pecar falando desse povo que me dão dor de cabeça
Mas se eu não falar... Nasce outro e fala e eu morro limpa sem receio da vida
Não vou me consumir por que os outros conspiram contra mim
Não vou chorar por causa da vida dura
Saiu desse ninho de cobras primeiro
Rejeito-me, mas suporto os ambientes.
Eu quero um lugar de equilíbrio faceiro
Com humor e compaixão, lutar pela razão, quero bater de frente, ser eu
Eu posso... Quero voar, doar, amar
São sonhos, momentos, reflexões que faço quando escrevo isso é utopia de uma jovem!
Quero poder deixar de colecionar e fabricar mais objetivos
Viver! Morrer por alguém se for preciso. Deixar os outros e ser eu.
Crescer e nunca deixar esse olhar inocente e sofrer por que ninguém vive de perfeição
Viver no mundo UTOPIA... E nunca mais voltar
E acreditar que tudo que escrevi existe e pode se tornar realidade
Por que sou poeta de muitas palavras...
Após a morte do meu pai senti uma pressão profunda e uma vontade de escrever tal poema!