NA PAZ DOS MEUS CONFLITOS

Deixem-me aqui ouvindo as vozes e o grito que ensurdecem meu silêncio

Dialogando com o que penso, brincando que eu sou o meu juiz condenador

Deixem-me sorrir da dor, secar a lágrima e dar-lhe adeus com o mesmo lenço

Porque assim tão derrotado eu venço tudo que devo ao que meu eu não me cobrou!

Posto que aqui nessa cartola não há magia que me imponha a fantasia

Só mesmo a crua em demasia, insanidade que me ajuda a desfocar o fim

Falando mal de mim na cena que dos braços meus fugia

Que seu espinho me traria pra ser o mal benévolo de meu jardim!

Ouçam todos os surdos, pois é aos tais que tudo fiz até aqui

Talvez me viram quando não me vi, talvez mentiram com a verdade

Porque há muito que meu pranto faz a sanidade sorrir

Já que seu modo de ao meu coração nutrir é pelo uso da insinceridade !

Que faz meu dia ser a noite mais feliz de toda essa tristeza

Que com delicadeza me faz brutal guerreiro que nunca fui

Que nem sequer influi nos segmentos fúteis dessa incompleta inteireza

E que tem sido banquete e sobremesa na calma guerra que me constitui!

**************************************************************************************

Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

www.reinaldoribeiro.net

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 30/07/2012
Reeditado em 30/07/2012
Código do texto: T3804464
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.