Águas Iluminadas

E assim cai a chuva formando sulcos na areia,

em paralelo ao tempo que nos marca a face ressecada.

A ousadia humana, de nada valeria sem a junção do inoxidável,

elos que resistem a tempestuosas estações.

E assim cai a chuva formando sinfonias por sobre os telhados,

verdadeiros xilofones, união entre natureza e abrigo;

a condição das gotículas, duelam entre agulhas e afagos,

o momento definirá furos ou maciez.

Abre-se o guarda chuva, na impetuosa missão,

de reter o que flui das comportas abertas do firmamento.

Eis que surge o sol majestoso,

alongando seus raios por sobre os terrenos,

frutificando em parceria com a chuva, as superfícies tocadas,

mostrando com seus feixes luminosos,

que tudo a nossa volta é uno.

Eis que surge o poeta...

Leonardo Borges
Enviado por Leonardo Borges em 01/08/2012
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