Noites existências

Toda dicotomia que me abraça e me prende

É produto da vida marginal que vivo.

Não sou poeta apenas procuro abrigo, um sentido!

Sentido na vida que persegue me assutar em noites

Nubladas com estrelas apagadas sem vida.

Eu sou trágico e padeço do existencialismo duvidoso

Vivo entre abismos profundos com espinhos na mente.

Ninguém me entende estou nesse profundo sentimento

De negação,

Negação de tudo, da vida, da esperança, negação do homem.

Meus versos são meu esconderijo, minha casa, meu porto,

Minhas palavras sagran dores vivas de alguém perplexo com o mundo

Sou todo perplexo com a vida e toda insensibilidade desumana.

As canções que tocan no rádio me mantem acordado

Meus sentidos estão confudidos com o surreal

E minha cara continua aborratada da embrigaz do Campari.

Estou em silêncio mudo das palavras ocas

A noite é minha agônia em lágrimas tantas.

Percorro os caminhos espinhosos, triste e calado,

A vida é marginal com almas perdidas sem esperança.

Esse silêncio que padeço, me atormenta à noite

Estou caminhando rumo ao abismo desgorvernado

Vou indo agonizando colhendo maças podres.