O MENINO QUE FUI UM DIA

Ao ver a lua encantar o sertão
Espalhando candura e magia
Numa metade sou recordação
Noutra metade sou nostalgia
Torno-me o menino de então

A cicatriz desta recordação
É um eco de minha infância
Que de minhalma nunca sai
Eternizando em meu coração
A imensa saudade de meu pai

Na garupa de seu cavalo
Sentia-me também valente
Minha sombra pela lua projetada
Comparando-me ingenuamente
Ao guerreiro da noite enluarada

Minha sombra o imitava
Do alto defendendo a gente
Por estradas e brancos trilhos
São Jorge no seu lugar tenente
Montando seu corcel tordilho!

Dedico este sigelo poema aos amigos recantistas que traz na alma a cinança que foi um dia!
 
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 08/11/2012
Reeditado em 10/02/2014
Código do texto: T3975647
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