A Balada do Eu Solitário

Eu sou como uma agulha no palheiro

Uma tecla no piano

Uma formiga no formigueiro

Mais um entre os humanos

Eu sou um nada, sou nenhum

Um ser incerto, limitado

Qualquer suburbano comum

Provido de um pensamento conturbado

Eu sou diferente, sou errado

Mais um com seus problemas

Só sou mais um condenado

Que completa o sistema

Eu sou mais um sem motivo

Que pergunta o que é a vida

Sem saber porque está vivo

Sem encontrar uma saída

Eu sou aquele cercado de realidade

Que ver o tempo passar

Aquele alérgico a felicidade

Que busca um outro lugar

Kaynne
Enviado por Kaynne em 29/11/2012
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