Adeus, minha garotinha



Hoje, novamente chorei, espero que pela vez derradeira,
E comigo chorou copiosa a natureza nesta terra distante,
De tudo, de todos, sem qualquer coisa de verdadeira,
Sem carinho, sem amor, sem o alento da mulher amante.

Chorei, sim, confesso, chorei como criança abandonada,
Ao partir, para nunca mais voltar, daqui não levo saudade,
Com muito menos do que vim, nem mesmo a alma destroçada,
Me restou, muito menos os sonhos cultivados nesta cidade.

E parti, sem que ao menos nos despedíssemos, por instante,
Momentos que seriam eternizados nesta conturbada mente,
E lembrar-te sempre como a amada querida, a amiga, a amante,
A companheira leal e franca eternizada em sonetos, somente.

E parti triste, amargurado, constrito, abandonado, perdido,
Nem mesmo sei para onde, para onde indicar meu destino,
Vou só, sem ti, minha musa, já não mais sou "teu querido".

Contudo, do pouco que restou de mim, peremptoriamente te juro
Que jamais amarei como te amei, loucamente, como um menino
E que jamais terás outro homem que te dê amor assim tão puro.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 29/12/2012
Reeditado em 13/10/2013
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