No seio da mata

No amanhecer do dia

Sentindo a nostalgia

Da saudade de um tempo

Em que sentia no frescor da manhã,

A brisa acariciando minha face

E o cheiro das flores se abrindo

Num mesclado de cores e formas.

Meu olhar se prende na paisagem bucólica

E no meu pensamento o passado retorna.

Olhando no horizonte a mata restante...

Que parte dela foi destruída

Pela ganância e insensatez humana,

Vejo nas minhas recordações...

Quando ainda as mãos poluidoras

Não haviam tocado em seu interior...

No seu seio natural intacto,

Eu respirava o ar puro, e admirava as belezas,

Que havia em suas árvores e plantas.

No pequeno riacho de águas puras,

Curtia para meu corpo refrescar...

E minha sede saciar.

Doces lembranças naquele ambiente

De paz e tranquilidade espiritual,

Onde os pássaros entoavam seu canto

Completando a magia do lugar.

No seio da mata eu me renovava...

Sentia o amor que a Mãe Natureza,

Obra Divina em mim realizava...

Libertando-me das preocupações,

Que a vida nos oferece no dia a dia.

Hoje ao ver o meu pequeno refugio

Violado no seu seio natural,

Meus olhos se enchem de lágrimas

E sinto meu peito apertado

Por ter perdido essas riquezas.

Nesse local, muitas pessoas poderiam

Buscar essa paz e tranquilidade,

Tão necessárias e importantes

Para o corpo físico e mental,

Pois a natureza é a melhor terapia

Para abolir o stress dos nossos dias,

Onde o progresso que dá conforto

Poluiu os rios e a atmosfera,

Preço alto que pagamos hoje em dia.

E agora, a saudade me faz sentir o vazio...

Que nada conseguirá preencher!

There Válio -10-02-13