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"A NOITE".
ARMANDO LEMES.

A noite é uma criança,
por ela muitas andanças,
muitas coisas sem sentido.
É homem desmunhecando,
a sua franga soltando,
mulheres traindo o marido.

Tudo acontece à noite,
é justamente num pernoite,
que as barbaridades acontecem. 
Mulheres se prostituindo,
um mundo louco traindo,
isso ninguém merece.

A noite das mulheres boemias,
dos homens sem suas femeas,
embriagando num botequim.
É a noite que o mundo gira,
promessas e mentiras,
você dizendo que gosta de mim.

A noite das mariposas,
mulheres que já foram esposas,
prostituindo para viver.
É o jeito fácil de ganhar a vida,
mas deixa marcas e feridas,
às vezes querendo morrer.

A noite da boemia,
recitando poesias,
ao som de um violão.
Com seu amor de lado,
levemente embriagado,
caprichos do coração. 

Foi na noite cruel e mundana,
que conheci uma cigana,
linda como um jasmim.
Foi uma noite delirante,
curtimos como amantes,
ela disse que gostou de mim.

Foi numa noite irreverente,
que aconteceu de repente,
a mudança de minha vida.
Conheci numa ilha de Santos,
a mulher de meus encantos,
hoje a minha esposa querida.

É a noite das coisas amáveis,
de um baile, de encontros saudáveis,
que enriquece a nossa vida.
É a noite da reunião familiar,
que bom à gente relembrar,
das coisa boas esquecidas.

A noite tem seu valor,
momentos lindos de amor,
tudo pode acontecer.
Termina de manhãzinha,
juntamente com minha rainha,
vendo o dia amanhecer.


Santa Rita do sapucaí, MG-14 de fevereiro de 2013.