ENTORPECIMENTO
Eu queria tanto
Sair do entorpecimento
Retirar o quebranto
A bruxaria
Sei lá
Acabar com o tormento
Esse marasmo
Essa monotonia
Esse não sei o quê
Que incomoda
Entristece a alegria
Esse cansaço
Em tudo que se vê
Essa coisa da moda
Que agonia
De nome stress
Que nada mais é
Do que falta de energia
Para se erguer
Ficar de pé
Encarar os problemas
Como coisas pequenas
Fáceis de resolver
E no entanto
Com as mão atadas
Por dentro o pranto
Numa angústia encravada
Não há divindade nem santo
Que possa dar jeito
No imperfeito
Que de repente
Se agigantou
Como uma serpente
E se enroscou
Em sua presa
E como uma corrente
Seus elos fortemente atou
Destruindo todas as defesas
E aí...
Tudo se desmoronou.
Sônia Maria Grillo
(Baby®)
13.03.2007
Vitória-ES.