Flores da Babilônia

As janelas do meu lar se abriram.

Lá fora o nada...

As minhas flores morreram.

Foram cultivadas com muito amor e morreram no tédio do desamor.

As poucas flores que restaram tornaram-se negras, exalando um aroma de enxofre.

Corvos sobrevoam o vasto jardim.

O sol negro surge vorazmente na vastidão daquele céu mórbido e obscuro.

O meu lago tornou-se turvo, um verdadeiro pântano.

As árvores retorceram e morreram de forma subitamente coletiva.

Os beija-flores desapareceram.

Flores do meu jardim, jardim das minhas antigas flores.

Adeus minhas pequeninas flores...

Triste fim do meu belo jardim.

O meu mundo está negro...

Tudo morreu!

O nada abduziu o meu existir...

Dhiogo J Caetano
Enviado por Dhiogo J Caetano em 08/04/2013
Código do texto: T4230252
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