Palavras Soltas

Palavras soltas ao vento

Que por vezes tento

Reorganizar

O sentido do que estou sentindo

E poder falar

Da boca pra fora

Na boca do lixo

Da boca do estômago

Não tem sinônimo

Nem ao menos antônimo

Pras palavras, que eu quero falar

Do desejo de desejar

Poder falar o que invento

Da brisa ao vento

Tudo que penso

Pro seu coração escutar

Vão-se as palavras soltas

Nesse imenso vendaval

Formar sentenças poucas

Misturadas no temporal

De frase atemporal

Louca ou normal

Não importa, não faz sentido

Se não sei dizer,

Dessas palavras soltas

De tudo que vem sentindo

E que no peito jaz sentido.

(Fabrízio Stella – 25/03/2007)