Poema para Maria Helena de Moraes ( in memorian )

O que nós tínhamos de saúde física ela tinha de saúde mental. Tão raquítica e fininha que não participou de nenhum carnaval. Abraçou os livros porque são imortais e a pena que a gente sentia dela ela nem precisava.

Sempre desafiou o novo e o desconhecido, sempre inovou, pois viveu em outro patamar. Nunca chegou a conhecer o egoísmo, pois quando partiu nos deixou a chave, do lado de fora ela não iria nos deixar. Deixou-nos uma trilha que toda família irá seguir.

Viveu mansamente e partiu tão contente que escolheu a hora. Fez a tarde brilhar. Do amor paterno teve seu patrimônio e do amor materno não chegou a participar. A pena de que precisava nos livros estava. Pôs a pena nas mãos dos homens. Deus-pai transforma toda dor em linear. “Parti, mas aqui estou, pois sou parte de uma família onde Deus- pai brilha nesta constelação.”

moraesvirada
Enviado por moraesvirada em 04/04/2007
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