Calmaria

Mar em suave calmaria

Logo agora que eu gostaria

De vê-lo revolto

Jogando água no porto...

Removendo o fundo

E jogando na areia

O lixo do mundo

Em sua maré cheia...

Mar de azul tão denso

Que enche meus olhos de cor,

Talvez por ser tão imenso

Leve consigo a minha dor...

Não quero mais o porto seguro

Não quero mais ficar em cima do muro,

Que em suas idas e voltas

Ele se apiede dessa alma quase morta

E a leve para conhecer

As profundezas do seu ser...

Que Nemo em sua grandeza

Receba-me com gentileza

E deixe que lá eu renasça

Quem sabe dando origem a uma outra raça...