Poesia encharcada

A tarde espreme seu lenço cinza e chora plenamente.
O frio pranto escorre pelas ruas descalças 
E desenha sinuosos sulcos no arenoso leito
Das úmidas lembranças de minha infância.
Sons de canhões ribombeiam nos confins celestes 
Sucedendo espásticos e tétricos fulgores elétricos no ar.
A ventania corta o tempo e recorta a trêmula paisagem.
A vida pára...
A alma gela...
Na chuva somos todos filósofos e poetas!

Edmar Claudio
Enviado por Edmar Claudio em 24/04/2007
Reeditado em 25/04/2007
Código do texto: T462712
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