Não quero mais

Não quero mais um poema que agrada

não quero mais um poema de amor,

não quero cantar mais farsas

quero falar da vida que também é morte e dor.

Meu riso também é pranto

meu pranto também já foi riso

minha vida é uma morte

minha morte já se refez em vida

Pela vida andei desnuda

mesmo assim não fui vista

Tive a sorte grande de

me ver ainda em vida

Nos escritos decorados

tediosos aplausos ganhei

mas na verdade dita

repúdios ganhei

Tenho os pés cansados

dos caminhos que andei

mas minha alma ainda é nobre

reconhece quem é rei

Aquela que fui já partiu

agora, não quero mais um poema que agrada

quero meu verso livre criando asa

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 04/04/2014
Código do texto: T4756331
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