GUARDIÃ DA MORTE

Possuo as chaves do inferno,

Sou o amargo,

A impotência,

A fúria incontrolavel,

A navalha que corta tua pele e deixa fluir tua vida por veias e artérias.

Ninguém te escuta?

Ninguém veio salvar-te?

Ouve o barulho estrondoso de tua pulsação?

E questiona o que fizeste de tão errado...

Por que teu Deus te abandonou?

Porém...

Em momentos de angústia não chamaste meu nome?

Então porque o espanto ao me contemplar?

Um grito, um rito, e um momento que ficará na tua memória para sempre.

Agora que estou a sua frente, escutando teu choro,

E és meu agora.

Não existem mais lágrimas,

E não adianta recorrer ao desespero,

Faça silêncio, pois o doce momento chegou...

É um adeus cruel, eu sei...

Já passei por isto...

há tanto tempo...

Noite,

espanto,

pranto,

dor.

Depois que conhecer este silêncio mórbido,

perceberá que ele é eterno, como tudo daqui em diante.

Esta noite serei a única testemunha de teus últimos suspiros,

E no espelho não te encontrarás mais,

Em teus pensamentos já não terás sonhos para perseguir.

Como uma criança indefesa,

Tuas lágrimas buscam refugio,

Encontram apenas minhas presas em teu peito,

Sumindo até chegar ao teu coração ferido...

ETERNAMENTE AMANTE ENIGMÁTICA
Enviado por ETERNAMENTE AMANTE ENIGMÁTICA em 07/05/2007
Código do texto: T478341
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