A morte do meu fôlego

Paira sobre a pilha de roupa suja ,o pensamento triste

Algo como o peso de mil coisas negativas

Puxo o ar preso no calor da depressiva enfermidade

Num canto onde o sol é frio e as lagrimas são secas

Uma vida que parece vir da estirpe dos vira-latas modernos

Tenho celulares, computadores ,mais preciso latir

Para ter a carne seca que cai dos dentes amarelos

Apanho com o rabo entre as patas , sem ter pra onde fugir

A morte do meu fôlego me tresmalha a alma

Num olhar fixo frente ao espelho descascado pelo tempo

Minhas sombras sempre tem uma arma apontada

Em minha fisionomia falsa , só o lamento escondido.

Robert Ramos
Enviado por Robert Ramos em 01/05/2014
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