A morte do meu fôlego
Paira sobre a pilha de roupa suja ,o pensamento triste
Algo como o peso de mil coisas negativas
Puxo o ar preso no calor da depressiva enfermidade
Num canto onde o sol é frio e as lagrimas são secas
Uma vida que parece vir da estirpe dos vira-latas modernos
Tenho celulares, computadores ,mais preciso latir
Para ter a carne seca que cai dos dentes amarelos
Apanho com o rabo entre as patas , sem ter pra onde fugir
A morte do meu fôlego me tresmalha a alma
Num olhar fixo frente ao espelho descascado pelo tempo
Minhas sombras sempre tem uma arma apontada
Em minha fisionomia falsa , só o lamento escondido.