Rio de sonhos
Um pássaro proibido de voar
É como a morte impedida de matar
De ceifar a vida
Roubar a morte
Aguardar, aguardar e aguardar
Chorar e chorar
Não falar
A chuva lava minh’alma
O frio congela meu peito
Minhas entranhas se estranham
Mais do que meu cérebro, que se emaranha
Confuso, ando aleatoriamente
Vejo um pássaro negro a voar no céu
Será mesmo um animal que voa
Ou mais um dos sonhos que se perderam de mim?