Serenata à lua

Ó lua da boêmia,

Que vives no céu a vagar!

Entra a noite, passa o dia,

E tu não queres descansar.

Lua, amada lua!

Porque tu vives assim?

Porque no céu tu flutuas,

Com brilho, bonita, sem fim?

Vives a mercê do sol,

Que fica a te aquecer

Da aurora ao arrebol,

Na noite, no amanhecer.

Ó lua, eu canto agora!

Prá bailar teu movimento.

Pois, percebo, desde outrora,

Que és quieta no firmamento.

Ó lua, és enamorada!

Tua luz, vem me brilhar.

E ficas aí, enfeitada,

Com estrelas a beijar.

Que pena lua, a cantiga,

Neste momento, se encerra.

Mas, fiques aí, minha amiga!

Iuminando a terra.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 16/05/2007
Código do texto: T488962
Classificação de conteúdo: seguro