Guardanapo

A poesia gera amor

Das folhas que morrem no outono

Do medo de ser gente, como toda essa gente

Do verão que aquece a flor

A poesia é o cão e o seu dono

O veneno da serpente

que adormece o corpo

As vozes de adeus da parede do quarto

Meu grito de socorro

diante deus e o diabo

Meu gole de cachaça

a poesia desce como fogo

Uma tinta que se espalha

Num papel que revela um garoto.

Robert Ramos
Enviado por Robert Ramos em 31/07/2014
Código do texto: T4903941
Classificação de conteúdo: seguro