Guardanapo
A poesia gera amor
Das folhas que morrem no outono
Do medo de ser gente, como toda essa gente
Do verão que aquece a flor
A poesia é o cão e o seu dono
O veneno da serpente
que adormece o corpo
As vozes de adeus da parede do quarto
Meu grito de socorro
diante deus e o diabo
Meu gole de cachaça
a poesia desce como fogo
Uma tinta que se espalha
Num papel que revela um garoto.