A morte necessária

Tudo se faz mórbido.

Um vazio adentra a minha casa.

Tudo está dando errado.

Uma sequência de conflitos arrebata a minha paz.

Estou em prantos.

A minha alma chora.

Já clamei para todos os santos.

Não tenho mas forças para orar.

Estou entregue nas mãos do universo.

A morte é a única certeza que avisto no infinito horizonte.

Não consigo perdoar-me.

Já não me vejo no espelho.

O desequilíbrio faz festa nas minhas entranhas.

As minhas vísceras estão desnorteadas.

Voando rumo ao infinito, segue a minha paz de espírito.

Uma insegurança devora o meu ser.

Nada faz sentido.

Quero simplesmente deixar o existir.

Partir rumo a novos horizontes.

Conhecer outros mundos, outras galáxias.

Recomeçar uma nova vida.

Usar outras roupas.

Conhecer novas experiências.

Eliminando os erros desta existência, vencendo as minhas limitações.

A morte devora os resquícios de vida que ainda existia em mim.

Sobre um amontoado de livros, o corpo cianótico de um homem.

A morte foi o preço pago pela luta em prol da vida.

Dhiogo J Caetano
Enviado por Dhiogo J Caetano em 06/08/2014
Código do texto: T4912089
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