SOMOS NADA

Por trás dos nossos olhos

Só há cemitérios e moscas varejeiras

A vela que aos mortos acendemos

É a mesma vela que seguramos

E que aos poucos em lágrimas enceradas se esvai

Representando a nossa nauseabunda vida

O oxigênio que faz a chama decrepita viver

É o hálito de Deus nosso maior patrimônio

Sem a qual a vela irmanada do sonho

Faz-se duramente escurecer e morrer...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 15/09/2014
Reeditado em 15/09/2014
Código do texto: T4962345
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