Quintana anjo e poeta

Pelas ruas da cidade

Caminhava o poeta

No rosto

Uma ironia triste

Talvez sonhasse cataventos

Musas despidas

Relógios

Bondes, trilhos e letras

Andava só.

Sonhava café e dourados quindins...

Pelas calçadas de Porto Alegre

Ruminava – contrito – a solidão

Pois é de solidão

Que se nutrem os poetas

Olhou o rio – quando a primeira estrela nasceu –

E brancas asas

Brotaram-lhe nas costas

Alçou voo e partiu.

Maria letra e cor
Enviado por Maria letra e cor em 23/09/2014
Código do texto: T4973491
Classificação de conteúdo: seguro