Quintana anjo e poeta
Pelas ruas da cidade
Caminhava o poeta
No rosto
Uma ironia triste
Talvez sonhasse cataventos
Musas despidas
Relógios
Bondes, trilhos e letras
Andava só.
Sonhava café e dourados quindins...
Pelas calçadas de Porto Alegre
Ruminava – contrito – a solidão
Pois é de solidão
Que se nutrem os poetas
Olhou o rio – quando a primeira estrela nasceu –
E brancas asas
Brotaram-lhe nas costas
Alçou voo e partiu.